segunda-feira, 9 de maio de 2011

Segundo o órgão, preço global dos alimentos está 36% mais caro do que há um ano.




"ARMAZENE ALIMENTOS"
De acordo com o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, os preços dos alimentos já estão 36% mais altos que há um ano e um novo aumento de 10% colocaria mais 10 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema (renda menor que US$ 1,25 por dia).



Quando a projeção é de alta de 30% nos preços dos alimentos, o número de pessoas afetadas passaria a 34 milhões.



Desde junho do ano passado, 44 milhões de pessoas ingressaram na categoria de pobreza extrema, levando o número de indivíduos que se encontram nessa situação em todo o planeta para 1,2 bilhão.



'Mais pessoas podem se tornar pobres por causa dos preços altos e voláteis dos alimentos', alertou Zoellick, em Washington, onde ocorre a partir de sexta-feira a reunião de primavera do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional).



Segundo Zoellick, os preços altos e voláteis dos alimentos são hoje 'a maior ameaça aos pobres ao redor do mundo'.



Oriente Médio



Segundo o órgão, as crises recentes em países árabes e muçulmanos do norte da África e do Oriente Médio contribuíram para a alta nos preços internacionais dos combustíveis e acabaram tendo impacto também no aumento dos preços globais dos alimentos e na estabilidade das nações mais afetadas.



'Os preços dos alimentos não foram a causa das crises no Oriente Médio e no norte da África, mas são um fator agravante', disse Zoellick, ao afirmar que a inflação dos preços dos alimentos chega a dois dígitos em países como Egito e Síria, palcos de revoltas populares recentes.



Entre os produtos que contribuíram para a alta dos preços estão milho (aumento de 74% em um ano), trigo (69%), soja (36%) e açúcar (21%). Os preços do arroz, porém, permaneceram estáveis, segundo um relatório do Banco Mundial.



Outros fatores que influenciaram a alta recente dos alimentos são problemas climáticos em países exportadores, restrições a exportações em alguns mercados e baixos estoques globais.

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