Campos eletromagnéticos são uma espécie de linhas de força invisíveis. Onde existir corrente elétrica, haverá campos eletromagnéticos. Os trabalhadores do setor elétrico, operadores de radar, rádio, ondas curtas, microondas e telefonia celular estão expostos a seus efeitos.
Utensílios domésticos como torradeira, secador de cabelos e geladeira, além de monitores de televisão e de computador, formam campos eletromagnéticos de baixa freqüência ao seu redor, numa distância curta. O usuário se expõe a este campo eletromagnético por breves períodos, várias vezes por dia.
O computador deve ser usado com protetor de tela. Quem trabalha diante de um monitor deve fazer pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, numa jornada máxima de 6 horas diárias. É o que determina a NR 7 (norma regulamentadora do Ministério do Trabalho no 7). Essa interrupção permite o relaxamento dos músculos da visão, do pescoço e dos braços, evitando a fadiga e as lesões por esforço repetitivo (LER).
Os campos eletromagnéticos de maior freqüência, produzidos por correntes elétricas de linhas de transmissão e de distribuição, são mais perigosos e mais extensos. Trabalhadores em unidades deste tipo e moradores vizinhos sofrem longos períodos de exposição. Por isso, a faixa de segurança no trajeto das linhas de transmissão e de distribuição de energia devem ser respeitadas. No Rio de Janeiro, porém, ela é muitas vezes desrespeitada. Em Higienópolis, por exemplo, existem várias casas exatamente sob as linhas da Light.
Danos ao organismo
A maioria da comunidade científica acredita que a energia com baixos níveis de freqüência, dos campos eletromagnéticos, são biologicamente ativas. Ou seja, podem provocar danos à saúde.
Os campos eletromagnéticos podem afetar o sistema de defesa imunológico de nosso organismo. Eles interferem no papel de vigilância que os linfócitos (tipo de célula do sangue) exercem contra as infecções e doenças em nosso corpo, inclusive do câncer. Essa interferência pode aumentar o risco de linfomas (tumores do sistema linfático) e outros tipos de câncer.
Os campos eletromagnéticos afetam as membranas que protegem as células, interrompendo o mecanismo de vigilância das células de defesa do corpo contra o câncer. Em conjunto com substâncias químicas que promovem ou iniciam o câncer, incluindo poluentes ambientais, os campos eletromagnéticos aumentam o risco, facilitando o crescimento descontrolado das células cancerígenas.
Os efeitos sobre a saúde podem se manifestar de forma sutil ou ao longo do tempo. O eletromagnetismo pode alterar o ritmo normal do corpo (ritmo circadiano), em homens e animais. As conseqüências são depressão e alteração da sensibilidade a medicamentos e toxinas.
Estudos feitos em crianças, dentro de casa, sugerem uma forte associação entre a exposição aos campos eletromagnéticos e o câncer. Trabalhadores em várias atividades do ramo elétrico e de telecomunicações correm riscos maiores de câncer, especialmente câncer do cérebro ou do sangue (leucemia).
fonte: http://www.sindipetro.org.br/extra/cartilha-cut/16camposeletro.htm