quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Os Sons Sagrados de Cura


(Processos terapêuticos através dos sons)

De Virginia Bernardes - Outubro/2006
 



O som é elemento formador de realidades. É também, uma possibilidade alquímica no sentido de que pode transformar uma realidade em outra. Como vimos anteriormente, a interação da matéria com qualidades diferentes de som produziu diferentes conformações moleculares. A água submetida à sonoridades harmônicas configurou-se como uma estrutura mandalar. O contrário também aconteceu: o som desarmonioso produziu figuras disformes. Quer dizer, o som como qualquer energia, é neutro, e por isso, nós podemos qualificá-lo positiva ou negativamente. A escolha é nossa e vai depender de nosso nível consciencial.



Na prática isso quer dizer que podemos alterar, organizar, limpar, purificar, harmonizar, elevar vibrações, enfim, realizar transformações nos níveis sutis e da matéria utilizando o som como ferramenta de trabalho energético/vibracional.



Nossa voz vista como instrumento tanto do ponto de vista sonoro como do de ferramenta, pode nos servir nesse caminho de transformação.



Na figura abaixo, temos o esquema de nossos sete chacras principais e suas freqüências vibracionais: cores/som.



Este sistema de ordenação das notas corresponde à escala musical mais conhecida no ocidente – DO RE MI FA SOL LA SI, o que facilita o seu uso como instrumento de estabilização dos chacras. A seqüência das cores (do vermelho ao violeta) corresponde ao arco-íris, o que torna próximo e corriqueiro o seu emprego como mentalização.



1º chacra: vermelho – DO – C –Básico/Raiz (root)



2º chacra:Laranja – RE – D- Umbilical/Esplênico – (Sacral)



3º chacra:Amarelo – MI – E – Plexo Solar – (Solar Plexus)



4º chacra:Verde – FA – F – Cardíaco/Coração – (Heart)



5º chacra: Azul – Sol – G – Laríngeo/garganta – (Throat)



6º chacra:Violeta/Índigo – LA – A – Frontal – (Third Eye)



7º chacra: Branco/violeta – SI – B – Coronário/Coroa (Crown)

A partir destas referências podemos equilibrar nossos centros de energia entoando os fonemas determinados para cada um. Por exemplo, para o 1º chacra entoaremos o fonema Ã, na altura de Dó e visualizando/mentalizando a cor vermelha. Na tabela que se segue temos a relação dos sete fonemas:

Cada fonema tem uma qualidade intrínseca, gera uma frequencia de onda específica e trabalha determinadas energias. Assim, o fonema Ã, por exemplo, expande a energia e aumenta a base de sustentação. No 1º centro vai expandir a energia de sobrevivência e nossa ancoragem no planeta. O fonema U aprofunda e refina as energias criativas que são mobilizadas no 2º centro. O fonema Ô congrega, traz o movimento de acolhida à nossa identidade. O A dessa vez vai expandir e dar respaldo às energias do amor incondicional geradas no cardíaco. O fonema AI entoado sobre o laríngeo vai ampliar, sustentar e refinar nossas capacidades criativas, de comunicação e expressão, além de elevar o padrão de nossa sexualidade. O EI entoado sobre o frontal, expande e faz vibrar a glândula pineal, despertando ou desenvolvendo a paranormalidade. O fonema I imprime uma vibração sutil e muito acelerada às nossas ondas cerebrais rompendo barreiras etéricas.



Na seqüência desses exercícios, se entoarmos IEAÔU estaremos cantando uma síntese de todas essas energias, o que elevará instantaneamente o patamar vibratório de nossas camadas da aura.



Existem outros sistemas tanto de fonemas, como de freqüências de som e luz. As variações são decorrentes das diversidades inerentes às várias tradições que empregam as vibrações como fator de equilíbrio. Cada sistema vai atuar de maneira a organizar, restaurar e equilibrar as energias dos vórtices de força de nossos corpos sutis.



Antes de entoarmos o som dos fonemas, devemos inspirar e expirar profundamente, usando toda a nossa capacidade pulmonar, o que significa que a nossa respiração deve ser diafragmática. Isto é, ao inalarmos o ar nosso abdômen deve se distender, e ao expirarmos, ele deve se contrair.



Há que se dizer que pouco adianta um exercício realizado de forma mecânica, sem a concentração e principalmente sem o direcionamento claro da energia. Ao entoarmos cada fonema a intenção é fundamental. A qualificação da energia, que é neutra, porém inteligente, compete a nós. Para que ela realmente seja efetiva e, de fato, transmute o padrão energético, o pensamento, o desejo e a vontade devem ser a base dessa ação.



É importante salientar que ao cantarmos normalmente, os harmônicos estão presentes na voz de forma implícita. Mas, quando ao entoarmos os fonemas, explicitamos os sons harmônicos, essa experiência decuplica de intensidade e poder. Nesse momento deixamos de entoar e passamos a hipertonar.



Como já dissemos, os harmônicos fazem a ponte entre os sons da terceira dimensão (som físico) e os "sons inaudíveis" de dimensões superiores. São como a luz, abridores de portais dimensionais.



A vivência da hipertonação é altamente benéfica. Estudos recentes de neurologistas, etnomusicólogos e psicólogos, constatam que hipertonar faz mudar os padrões de aceleração das ondas cerebrais gerando a formação de novas sinapses. Partes pouco usadas ou mesmo inativas do cérebro foram ativadas em várias das experiências do Dr. Alfredo Tomatis, neurologista especialista em hipertons.



A ciência começa a constatar o que as antigas tradições já sabiam e empregavam há milênios.



É chegada a hora de trazer novamente à luz esses saberes. O despertamento de nossa memória cósmica está em ato.



Reorientar nossas práticas e sutiliza-las é o movimento do presente.



Vivamos pois esse momento cósmico com a alegria de quem reencontra tesouros. Eles estão aí. Prontos para serem redescobertos pelos que estiverem dispostos ao despertamento que o momento planetário demanda.

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